Fala-se muito sobre isso, sonha-se um pouco, e com a rápida progressão das energias renováveis, o armazenamento de energia em casa se torna quase inevitável! E aqui está a jovem promessa estoniana Freen chegando com uma inovação que pode mudar o jogo: uma bateria de armazenamento doméstico de 10 kWh, de sódio-íon! Sim, sim, você leu certo. Começamos a deixar o muito conhecido lítio para algo mais fresco, mais local e, acima de tudo, mais sustentável. Já falamos sobre isso em um artigo anterior sobre as tecnologias de baterias, e isso começa a se concretizar!
Uma pequena revolução na sua garagem
Comecemos pelo começo: Freen é uma empresa estoniana que tem um sonho louco (e francamente nada tão louco assim em 2024): democratizar o autoconsumo acessível a todos. Até agora, a empresa havia se destacado com suas pequenas turbinas eólicas verticais do tipo Darrieus, equipadas com lâminas flexíveis. Mas agora, eles estão acelerando com esta bateria de sódio-íon residencial de 10 kWh. E isso muda muitas coisas!

Já vamos falar de tecnologia. O sódio-íon não é apenas uma moda passageira: pode muito bem ser o futuro do armazenamento eletroquímico. Por quê? Porque o sódio, ao contrário do lítio, é ultra-abundante na Terra (é sal, basicamente) e muito mais fácil de extrair de forma ecológica. Em outras palavras, estamos falando de uma tecnologia mais respeitosa com o planeta, mais “made in Europe”, e não dependente de recursos minerais sob pressão.
O sódio-íon é novo (no público em geral), mas não é de forma alguma experimental. Gigantes como a CATL, fabricante de baterias chinesa já parceira da Tesla, já desenvolveram modelos de sódio-íon. A particularidade? Desempenhos impressionantes por um custo mais baixo do que as baterias de lítio-íon, especialmente a médio prazo.
As baterias de sódio-íon podem suportar temperaturas mais extremas (olá, ondas de calor e invernos rigorosos) e, acima de tudo, não dependem do cobalto, esse famoso metal cuja extração levanta questões éticas e ambientais. Enfim, estamos cumprindo muitos critérios: confiabilidade, resiliência, durabilidade.
A Comissão Europeia está apostando enormemente nesta tecnologia para atingir suas metas climáticas sem depender das importações de materiais críticos. Temos sal. Temos habilidades. E a Freen, com sua fábrica na Estônia, torna-se um excelente exemplo do potencial europeu!
Mas concretamente, o que essa bateria Freen faz?
A bateria da Freen possui uma capacidade de 10 kWh — o que é amplamente suficiente para um uso doméstico clássico. Para dar uma ideia, é aproximadamente o que uma casa bem isolada consome em um dia normal com os aparelhos básicos. Em outras palavras, você pode alimentar sua geladeira, suas luzes, seu roteador de internet e até alguns pequenos eletrodomésticos sem precisar tocar na rede por várias horas.
É a parceria perfeita para os painéis solares. Durante o dia, quando o sol brilha forte, você produz muita energia. Mas nem todo mundo está em casa às 14h para carregar seu smartphone. A bateria, então, armazena esse excesso de energia para que você possa aproveitá-la à noite, quando o sol se põe, mas a Netflix te chama.

A startup prometeu uma grande simplicidade de instalação: nada a ver com as baterias industriais complexas e seus sistemas de cabos intermináveis. Estamos falando de algo pronto para conectar, ou pelo menos algo muito próximo disso. Para os mais geeks de vocês, vale ressaltar que a bateria está, claro, conectada, com um aplicativo mobile para acompanhar sua produção/consumo e otimizar tudo isso. Pronto para casa inteligente!
Uma bateria que muda o jogo para o autoconsumo
Até agora, o grande problema com a energia solar residencial era exatamente essa questão de “quando eu produzo vs quando preciso de energia”. A bateria Freen vem preencher essa lacuna. E não é apenas uma bateria simples — é uma pequena joia de design eletroquímico ao mesmo tempo que um projeto de transição energética fervorosamente otimista.
Imagine: você instala alguns painéis no telhado ou no solo, adiciona essa bateria de sódio-íon que não ocupa muito espaço, e de repente, você criou sua própria mini-central elétrica inteligente. Sua conta de energia sofre enquanto sua casa brilha (e você também, por via das dúvidas).
E a propósito… esta bateria de 10 kWh pode atrair os pequenos profissionais: artesãos, escritórios, salas esportivas rurais, etc. Todos aqueles que têm um pouco de espaço, um telhado, sol e vontade de reduzir custos e emissões.

Uma disponibilidade que se define
Bom, sobre o timing, sejamos honestos: a Freen está à frente, mas ainda não fornece todos os detalhes suculentos por enquanto. A bateria foi revelada, sim, mas as pré-vendas ainda não estão abertas no início de 2025. No entanto, as coisas estão avançando rápido. Muito rápido. Estamos falando de uma empresa que já conquistou milhares de lares com suas turbinas eólicas e que claramente visa a escalabilidade (ou seja, ser capaz de produzir muito, rapidamente — para aqueles que não gostam de anglicismos).
O preço? Ainda um pouco nebuloso — mas tudo parece indicar que será contido, em parte graças às matérias-primas de baixo custo e à fabricação europeia. Uma boa notícia em um contexto onde os preços das baterias de lítio-íon haviam disparado recentemente (obrigado, tensões geopolíticas…).
Rumo a uma autonomia energética muito mais acessível
Então, devemos investir nesta bateria de sódio-íon da Freen? Se você já está (ou em breve estará) equipado com painéis solares, é um grande SIM. Não apenas você otimiza seu consumo, mas você se torna cada vez mais independente da rede. E isso é valioso. Especialmente em uma época em que a incerteza energética paira sobre nós (todos nos lembramos dos picos de consumo no inverno de 2022).
E então, admitamos: pensar que estamos armazenando a eletricidade do sol em sal é bastante poético, não é? O futuro energético pode não ser high-tech no estilo Blade Runner… mas será muito mais inteligente, suave, durável. E com um leve gosto salgado.
Conclusão: pequeno passo para a Freen, grande avanço para a energia verde!
A Freen, com sua bateria de sódio-íon residencial de 10 kWh, não se contenta com um golpe de marketing inteligente. Ela coloca um verdadeiro bloco (salgado) na parede da casa do futuro. Uma parede solar, conectada, autônoma e mais do que nunca nas mãos de seus habitantes.
Então, sim, estamos ansiosos para testá-la na prática, para ver como se integra em “casas reais”, em “casas de verdade”, mas já sentimos o impacto que esse tipo de anúncio pode ter. A Freen confirma sua ambição: construir uma energia 100% local, limpa e finalmente acessível.